Poesia Barroca
A poesia Barroca tem como marco um dos principais poetas
Barrocos Gregório de Matos Guerraque nasceu
em Salvador (BA) e morreu em Recife . Estudou no colégio dos jesuítas e
formou-se em Direito em Coimbra. Recebeu o apelido de Boca do Inferno, graças a
sua irreverente obra satírica.
O principal tema de seu trabalho era:
Poesia Religiosa: que mostrava o autor envolvido pelo seu
sentimento de culpa e de arrependimento, implorando por perdão.
A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.
Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.
Poesia Satírica: mostra a crítica forte de uma sociedade
marcada pela mediocridade e pela desonestidade, nasce de um sujeito lírico que
tem um ponto de vista conservador e preconceituoso.
Filho de um senhor de engenho encontra o engenho em plena
crise, é seu mundo usurpado por aquilo que ele vê como o arrivismo oportunista
dos pretensos e falsos nobres, os negociantes portugueses. O bacharel vive a
farsa das instituições jurídicas (...)
Poesia Erótica: mostra o uso de palavrões e alusões
obscenas, mesmo em textos sutis onde a ambiguidade aparece repleta de safadeza.
Descarto-me da tronga, que me chupa,
Corro por um conchego todo o mapa,
O ar da feia me arrebata a capa,
O gadanho da limpa até a garupa.
Busco uma freira, que me desemtupa
A via, que o desuso às vezes tapa,
Topo-a, topando-a todo o bolo rapa,
Que as cartas lhe dão sempre com chalupa.
Que hei de fazer, se sou de boa cepa,
E na hora de ver repleta a tripa,
Darei por quem mo vase toda Europa?(...)
Corro por um conchego todo o mapa,
O ar da feia me arrebata a capa,
O gadanho da limpa até a garupa.
Busco uma freira, que me desemtupa
A via, que o desuso às vezes tapa,
Topo-a, topando-a todo o bolo rapa,
Que as cartas lhe dão sempre com chalupa.
Que hei de fazer, se sou de boa cepa,
E na hora de ver repleta a tripa,
Darei por quem mo vase toda Europa?(...)
Na poesia Barroca temos também:
A Prosa Barroca de Padre Antônio Vieira:
Padre Antônio Vieira nasceu em Lisboa, em 1608, e
morreu na Bahia, em 1697. Com sete anos de idade, veio para o Brasil e entrou para
a Companhia de Jesus. Por defender posições favoráveis aos índios e aos judeus,
foi condenado à prisão pela Inquisição, onde ficou por dois anos.
Ele escreveu:
O sermão, dividido em dez partes, é conhecido por tratar da arte de pregar. Nele, Padre Antônio Vieira condena aqueles que apenas pregam a palavra de Deus de maneira vazia. Para ele, a palavra de Deus era como uma semente, que deveria ser semeada pelo pregador. Por fim, o padre chega à conclusão de que, se a palavra de Deus não dá frutos no plano terreno a culpa é única e exclusivamente dos pregadores que não cumprem direito a sua função. Aqui um trecho de seu sermão:
Ecce exiit qui seminat, seminare. Diz Cristo que "saiu o pregador evangélico a semear" a palavra divina. Bem parece este texto dos livros de Deus ão só faz menção do semear, mas também faz caso do sair: Exiit, porque no dia da messe hão-nos de medir a semeadura e hão-nos de contar os passos. (...) Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair (...).
Seus sermões são
divididos em três partes:
Intróito ou Exórdio: a apresentação, introdução do assunto.
Desenvolvimento ou argumento:defesa de uma ideia com
base na argumentação.
Peroração: parte final, conclusão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário